Parque Nacional da Serra do Cipó

Parque Nacional da Serra do Cipó de nível Federal, localizado (a) em Itabira (MG), Itambé do Mato Dentro (MG), Jaboticatubas (MG), Nova União (MG), Morro do Pilar (MG), Santana do Riacho (MG)
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O Parque Nacional da Serra do Cipó está localizado a 90 quilômetros a nordeste de Belo Horizonte, no estado de Minas Gerais, Brasil. O parque fica logo depois da cidade de Lagoa Santa, na região sul da Serra do Espinhaço, no divisor de águas das bacias hidrográficas dos rios São Francisco e Doce.

Entenda

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História

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No início dos anos 70 foi pleiteada a criação de um parque para proteger as belezas naturais da Serra do Cipó.

Após estudos da flora e fauna e elaboração de um detalhado levantamento da área, em 1978 o parque estadual foi criado. Entretanto como o governo estadual não possuía recursos suficientes para promover as desapropriações, os conservacionistas mineiros com o apoio da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência reivindicaram a transferência da área para o governo federal.

A partir daí, o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF), conseguiu adquirir amigavelmente dos proprietários mais de 40% das terras, sendo que no dia 25 de setembro de 1984 foi publicado o Decreto n°90.223, criando o Parque Nacional da Serra do Cipó.

As justificativas para a criação do Parque Nacional da Serra do Cipó foram:

1. A proteção da fauna e da flora, devido ao alto grau de endemismo de suas espécies (há muitas espécies que só existem na Serra do Cipó);

2. A proteção da bacia de captação do rio Cipó, importante pelas suas cachoeiras e águas límpidas e com bom índice de balneabilidade, cujas nascentes estão dentro do parque.

3. A preservação das belezas cênicas da região que são procuradas pelos visitantes, motivados pela presença de rios, córregos, cachoeiras, cânions, vegetações exuberantes, paredões para a prática de escalada, cavernas e trilhas para caminhadas;

Paisagem

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A Serra do Cipó fica localizada ao sul da Serra do Espinhaço, possuindo uma das maiores biodiversidades do planeta. A área é patrimônio natural em função da sua fauna e flora, que propicia paisagens espetaculares. Além disso, é o divisor de águas das bacias do Rio São Francisco e do Rio Doce. A paisagem também abriga belas piscinas naturais.

Flora e fauna

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A multiplicidade de ambientes da Serra do Cipó, como cerrados e cerradões, florestas semidecíduas e decíduas, campos, campos rupestres, rios e ribeirões, lagoas, brejos e afloramentos rochosos, em altitudes que variam de 700 a 1800 metros, com condições climáticas, microclimáticas e meteorológicas diversificadas, tanto ao longo do ano quanto em gradientes altitudinais, pode influenciar a diversidade de animais e plantas.

Peixes

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Foram registradas 50 espécies, sendo 17 na bacia do Rio Doce e 36 na bacia do Rio São Francisco, das quais apenas cinco espécies foram capturadas em ambas as bacias. Apenas 16 espécies foram encontradas no interior do parque.

Constatou-se a presença de Characidium lagosantense (Crenuquídeos), espécie ameaçada de extinção de Minas Gerais, dentro dos limites do Parque Nacional e nas áreas adjacentes. O "trairão", espécie exótica, carnívoro voraz, e o "guppy" (Poecilia reticulata) espécie exótica utilizada em aquaricultura e no combate de larvas de pernilongos ("muriçocas"), introduzidos em todo o mundo, tornaram-se concorrentes sérios de espécies nativas no rio Cipó.

Anfíbios

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Nas áreas altas da serra encontram-se a "rã-diurna" de cores vivas,e a "perereca-de-pijama". São restritos a Serra do Cipó (endêmicos) a perereca Hyla nanuzae e as rãs:Crossodactylus bokermann,Hylodes otavioi,Physalaemus deimaticus,Proceratophrys cururu e Pseudopaludicola mineira.

Por toda parte se ouvem,ao longo do ano, os sapos, rãs e pererecas, com cantos diversificados. Após chuvas fortes se pode ver, raramente, a "cobra-cega-preta", anfíbio desprovido de pernas e de olhos. Seu corpo negro é recoberto por muco viscoso. Ao contrário da "cobra-cega" (réptil), não procura morder, sendo completamente inofensiva.

Répteis

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A fauna de répteis da Serra do Cipó foi alvo de poucos estudos científicos. O único levantamento sistemático de répteis (serpentes) da Serra do Cipó foi realizado somente ao longo da Rodovia MG-10 (um ponto de cerrado e cerradão e dois pontos de campo rupestre), a oeste do Parque Nacional da Serra do Cipó. Segundo esse autor, a ofidiofauna local mostrou forte similaridade com faunas de serpentes de outras regiões de cerrado.

No entanto, vale ressaltar a existência do jacaré-de-papo-amarelo no Parque Nacional e no seu entorno,ameaçado de extinção. A população do jacaré-de-papo-amarelo no Parque Nacional está se recuperando lentamente, sendo encontrado alguns indivíduos nas lagoas marginais da bacia do Rio Cipó; ao contrário da crença popular, trata-se de réptil inofensivo ao homem, alimentando-se de peixes e outros animais pequenos. Em 2009, diversas pessoas constataram filhotes em uma das lagoas no Parque.

É relativamente comum na Serra do Cipó a "cobra-cega", que deve ser manipulada com cuidado, pois pode infligir mordeduras dolorosas, apesar de ser desprovida de peçonha, ao contrário do que muitas pessoas acreditam. É parecida com a "cobra-cega-preta", que é um anfíbio, da qual se diferencia por ter corpo não viscoso, de coloração rósea ou amarelada. Ambas têm olhos atrofiados e hábito fossorial. Como a maior parte da Serra do Cipó nunca foi pesquisada por herpetólogos, é possível que novas espécies de répteis venham a ser conhecidas quando houver condições propícias para levantamentos sistemáticos no alto da serra.

Mamíferos

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"Cachorros-do-mato", "veados-catingueiros", "veados-mateiros" e "micos" são relativamente comuns; as "capivaras" são abundantes, principalmente no vale do Rio Cipó. Vez por outra se observam a "jaratitaca" e a "lontra", noturnas.

Várias espécies de mamíferos ameaçadas de extinção são encontradas na unidade: "mico-de-cara-branca", nas áreas de mata atlântica; "jaratitaca"; "lobo-guará"; e os felídeos "onça-parda", "jaguatirica", "gato-maracajá" e "gato-do-mato-pequeno".

Segundo levantamentos recentes existem ao menos 260 espécies de aves no Parque e no entorno, entre elas algumas espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção, como o "urubu-rei", a "tiriva", o "beija-flor-de-gravata-verde", a "bandoleta" e o "mineirinho".

O "joão-cipó" (Asthenes luizae) é espécie endêmica do Maciço do Espinhaço, restrita a zonas altas. São comuns no Parque: a grande ave pernalta "seriema", difícil de avistar mas fácil de ser ouvida de manhã nas áreas abertas no cerrado e nos campos; os gaviões de tamnhos diversos e os "urubus-caçadores" são vistos voando sobre os campos e as matas; os gaviões mais comuns são o "pinhé", o "gavião-carijó", o "carcará" e o "acauã", comedor de cobras e insetos. Uma das aves mais representativas das áreas abertas é o pica-pau "chanchã".

À noite se escutam facilmente:o "joão-corta-pau" (Caprimulgus rufus) e "curiango", as corujas "caburé" e a "corujinha-do-mato" e a "mãe-da-lua".

Ave de ocorrência interessante no Parque Nacional é o "soldadinho", que vive nas matas em meio ao cerrado, especialmente as ciliares. Seu canto aflautado é ouvido nas épocas quentes. Sendo pouco arisco,é facilmente observado. O macho é inteiramente negro, com alto da cabeça e topete vermelho-vivos que se destacam na mata; frequenta também as bordas dos bosques.

Animais extintos

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Estão extintos no Parque e no entorno:a "sucuri", a "ema", o "veado-campeiro", o "cervo-do-pantanal", a "onça-pintada", a "ariranha", o "tatu-canastra", o "tamanduá-bandeira" e a "anta".

As principais causas para a extinção dessas espécies são a caça direta, a matança com armadilhas e armas de fogo, a predação por cães domésticos, a destruição de hábitats e os atropelamentos em estradas. Essa lista pode ser muito maior, pois muitas aves de grande porte (como grandes gaviões) e aves cinegéticas (visadas para caça) podem ter existido na região sem terem sido registradas antes.

O clima da Serra do Cipó é do tipo tropical de altitude com verões frescos e estação seca bem definida. As temperaturas médias anuais ficam em torno de 21,2 °C e apresenta precipitação média anual de 1.622 mm.

Chegar

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Partindo de Belo Horizonte - MG, o trajeto é de apenas 90 km e dura aproximadamente 90 minutos, passando pela rodovia MG 010.

Partindo do Rio de Janeiro o trajeto é de 539 km e dura aproximadamente 6 horas e 50 minutos e passa pela rodovia BR-040.

Partindo de São Paulo o trajeto é de 680 km e dura aproximadamente 7 horas e 50 minutos e passa pela rodovia Fernão Dias.

Partindo de Brasília o trajeto é de 773 km e dura aproximadamente 9 horas e 10 minutos e passa pela rodovia BR-040.

Partindo de Curitiba o trajeto é de 1090 km e dura aproximadamente 12 horas e 20 minutos e passa pelas rodovias Régis Bittencourt e Fernão Dias.

Taxas e permissões

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Atualmente não há cobrança de taxas para ingresso no Parque Nacional da Serra do Cipó, no entanto, apenas para atividades de travessias com pernoite em áreas delimitadas, é necessária autorização junto ao ICMBio.

Circule

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Dentro do Parque

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  • Canyon das Banderinhas
  • Cachoeira da Farofa
  • Cachoeira da Taioba
  • Cachoeira Capão dos Palmitos
  • Cachoeira do S
  • Córrego das Pedras
  • Ribeirão Mascates
  • Lagoa Comprida
  • Encontro dos Rios
  • Ribeirão Bocaina
  • Cachoeira do Tombador
  • Cachoeira do Gavião
  • Cachoeira das Andorinhas
  • Cachoeiras Congonhas de Cima, do Meio e de Baixo,
  • Travessão
  • Cachoeira Farofa de Cima

No entorno

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  • Cachoeira do Tabuleiro
  • Canyon do Peixe Tolo
  • Cachoeira Rabo de Cavalo
  • Lapinha da Serra
  • Cachoeira da Caverna
  • Cachoeiras da Serra Morena
  • Cachoeira Véu da Noiva
  • Cachoeira Grande
  • Lagoa Dourada
  • Cachoeira do Bené

a maioria destes cobra ingressos.

Caminhadas de um dia

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Cachoeira Capão dos Palmitos e Cachoeira do S: 11 km ida e volta, nível médio, duração 05 horas;

Cachoeiras do Gavião e das Andorinhas: 14 km ida e volta, nível médio, duração 06 horas;

Cachoeira do Tombador: 19 km ida e volta, nível médio, duração 07 horas;

Cachoeiras do Congonhas: 14 km ida e volta, nível médio a difícil, duração 07 a 08 horas;

Travessão: 18 km ida e volta, nível difícil, duração 09 horas;

Canyon das Bandeirinhas: 24 km ida e volta, nível difícil, duração 08 horas;

Cachoeira da Farofa: 16 km ida e volta, nível médio, duração 06 horas;

Lagoa Dourada: 12 km ida e volta, nível médio, duração 06 horas.

Canoagem e Stand Up Paddle

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Rio Cipó: Percurso de 03 km, nível fácil, duração 90 minutos

Rio Parauninha: Percurso de 06 km, nível médio, duração 03 horas

Lagoa da Lapinha: Percurso de 10 km, nível difícil, duração 06 horas

Expedições de Caiaques no Rio Cipó com duração de 02 até 04 dias com acampamento e/ou pernoite em casas de ribeirinhos.

Passeios de 4x4

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Tabuleiro por Cima: Deslocanento de 4x4 por 50km mais caminhada de 07 km ida e volta até o topo da mais alta cachoeira de MG, com 273 metros de queda d’água. Nível médio, duração 10 horas;

Lapinha da Serra: Deslocamento de 4x4 por 45 km mais caminhadas curtas até pinturas rupestres datadas de 7000 anos, passeio de barco e banho de cachoeiras. Nível fácil, duração 08 horas.

Cachoeiras do Bené: Deslocanento de 4x4 por 35 km mais caminhada curtíssima até 02 lindas cachoeiras no alto da serra. Nível fácil, duração 05 horas.

Mountain Bike

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MTB Canyon e Farofa: Percurso de 29 kms ida e volta, nível médio a difícil, duração 06 horas

MTB Fazendas do Cipó: Percurso de 12 kms, nível fácil, duração 02 horas

MTB Desafio da Sucupira: Percurso de 36 kms, nível difícil, duração 08 horas

MTB Lagoa Dourada: Percurso de 27 kms, nível difícil, duração 08 horas

MTB Tabuleiro por cima: Percurso de 32 kms, nível difícil, duração 10 horas

MTB Cachoeira do Bicame: Percurso de 32 kms, nível difícil, duração 10 horas

MTB Poço do Soberbo: Percurso de 30 kms, nível difícil, duração 10 horas

Cavalgadas

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Cachoeira da Farofa: Único percurso permitido dentro do PARA CIPÓ, 16 kms ida e volta, nível fácil, duração 04 horas

Fazendas do Cipó: Percurso de 12 kms, nível fácil, duração 02 horas

Escalada

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Escalada em rocha no Grupo 3 com mais de 200 vias em diferentes níveis

Rapel no Morro da Pedreira, 28 metros em 90 graus

Travessias e expedições

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Travessia Lapinha x Tabuleiro: a mais clássica travessia do Espinhaço Meridional, pode ser realizada em 02 ou 03 dias, ou até 04 dias ida e volta.

Travessia Cipó x Tabuleiro: variante da Lapinha x Tabuleiro saindo da Serra do Cipó, região do Vau da Lagoa, em 03 dias com 02 noites de pernoite no alto da serra.

Travessia Alto do Palácio x Serra dos Alves, oficializado em outubro de 2016, tem 46 quilômetros de distância entre o Alto Palácio e a Serra dos Alves. O trajeto com cânions, cachoeiras com piscinas naturais e vestígios arqueológicos é considerado difícil.

Compre

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Existem várias lojas de artesanato locais onde se pode comprar lembranças da Serra do Cipó.

A melhor maneira de comer no Parque Nacional da Serra do Cipó é na cidade vizinha de Lagoa Santa. Mas levar pequenos lanches durante os passeios no parque é muito aconselhável.

Nas noites de fins de semana e feriados vários barzinhos e restaurantes oferecem música ao vivo com artistas locais e de cidades próximas.

Hospedagem.

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Varias opções de hospedagem disponíveis , tanto no vilarejo de Cardeal Mota ( popularmente conhecido como Serra do Cipó ) , no vilarejo da Lapinha da Serra ou em Lagoa Santa , cidade próxima ao aeroporto de Confins .

  • Fazenda Confins.
  • Pousada Luak.
  • Pousada Pouso do Sol.
  • hotel Ramada Airport Lagoa Santa.


Camping

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  • Camping Véu da Noiva.
  • Camping da Grande Pedreira., ,
  • Camping Chapéu do Sol.
  • Camping da Caverna.
  • Camping Serra Dágua.
  • Camping Balneário Serras Azuis.

No campo

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Segurança

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No distrito da Serra do Cipó não existem caixas eletrônicos e não temos relatos de crimes violentes. Há uma unidade da Polícia Militar.

Partir

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